Éder Jofre (esq.), Pelé (centro) e Ted Boy Marino (dir.) / (foto: Ídolos dos Esportes)
Seu
nome não era mais gritado há anos, era um senhor de idade já, o
telecatch se perdeu no país como também o boxe. Ted Boy Marino faleceu
hoje , era o mocinho das lutas de telecatch nas décadas de 1960 e 1970.
Um carisma e populariedade que o colocava junto dos ídolos Éder Jofre,
Pelé e Maria Esther Bueno, mesmo seu esporte não sendo competitivo, mas
uma coreografia para entreter.
O
encantamento acontecia quando atirava seu corpo ao ar projetando suas
pernas contra o peito ou cabeça do adversário, era a "tesoura voadora", o
rival caia como se tivesse levado um tiro à queima roupa. O espetáculo
era de cenas plásticas e a maioria do público brasileiro acreditava que
era verdade, um primo circense e alegre do vale-tudo onde os golpes eram
para valer.
O
Brasil viva um período mais romântico e o grande público identificava
com facilidade os mocinhos dos bandidos, Ted Boy, na verdade Mario
Marino, nasceu na Calábria, Itália, pequeno foi para Argentina e então
veio ao Brasil. Participou de programas de televisão em seu auge como os
Trapalhões e até fez filmes, loiro de corpo atlético era o galã das
matinês.
Atualmente
a linha moral que define vilões e bandidos está mais tênue, há muitos
anti-heróis, vilões e figuras controversas, mas poucos mocinhos genuínos
nos ringues de boxe e telecath ou mesmo nos octógonos de MMA e sobra
marketing. Com o falecimento de Ted Boy hoje na mesa de cirurgia, uma
geração de brasileiros não perdeu só um de seus "bonzinhos", mas deu
adeus para aquela lembrança de quem um dia poderia vir outro herói.
Ted Boy Marino / (foto: reprodução)
Fonte:
Córner do Leão - Postado em 27 de setembro de 2012
Homenagem bacana. Merecida!
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